SONHO E ILUSÃO
Assim do nada me perdi na lembrança,
Sonho e ilusão
Bafejo da saudade criança
Remexendo meu dorido coração.
Tempo bom
Mãe e pai, amor
Soa o tom
Mão amiga, braço protetor.
O vento do ontem perdura
Trazendo aromas dos matagais,
Relva macia, capim gordura
Cara corada, lavada em vendavais.
Meu ribeirão de águas cristalinas
Passa, lava e leva segredos da infância;
Cresci meninos, cresci meninas,
O tempo chora essa distância.
O meu mundo ficou distante
Espaço afora perdido na imensidão,
Paro o tempo num instante
E recolho o que sobrou do sonho e ilusão...
Escrito em 14/01/09
Publicado na revista Encenação abril/16