Passagem
Engoli pitombas como se engole soluços, me sufoquei no gostar, no aquinhoar vidas.
Os meus sonhos moldados em papel machê o barqueiro os levou.
Outrora talvez eu volte abraçar as lembranças adormecidas, onde o meu mundo era de cores e sabores infindos.
Prosseguir discorrendo na arte de expressar, dar formas às palavras, vida aos poemas, como as flores de laranjeira que precisam dos sonhos das meninas para se transformar em um lindo buquê de noivas.
Eu preciso versejar nessa passagem de poeta fingidor.