A DANÇA DAS ANDORINHAS

Eu vou voltar para a fazendinha,
Lá na borda serrana, onde nasci,
Rever a dança das andorinhas,
Os quintais sem muros,
O puro ato de existir,
Vou voltar a sentir o vento puro,
Voar com ele a passeio,
Sobre aquele canto de Belo Horizonte,
Vou pedir pare ele, me conte,
Uma bela história encantada,
Vou esquecer os receios,
Manter o olhar cheio de inocência,
Me reencontrar na permanência,
Das cores vivas, siderais,
Vou colher frutos silvestres,
Sorver os raios do sol leste,
Coadunar com as margaridas,
Pelo campo estendidas,
Renovar a vida, me redefinir,
Vou... não, não vou fazer nada,
Que utopias, que alma poetizada!
Aquela fazendinha, não existe mais,
Existe apenas, nas minhas reminiscências.