Graduação Nos Sessenta (Todo Dia Era Dia De Chuva E Enxovia)
Graduação Nos Sessenta
(Todo Dia Era Dia De Chuva E Enxovia)
A girl corria atrás. As memórias nada
Lembravam Penny Lane. Ninguém
Parecia ter descido das árvores
Todos tinham ares de ter descido
Do disco avuador. Os moços grandes
Alvoroços se alimentavam de colher
Na sopa do marxismo cultural. Outros
Babavam as meninas de mini saias
Ao mesmo tempo lamentavam
Perdê-las para o solo e tóxico
Incesto. O cruel romantismo do
Prazer dos outros. Todos viviam
O engenho sartreano a realidade
Dos cem metros rasos cansados
Atrás da grana. O mundo real
Inexistia em sonhos e pesadelos
E todos embarcavam no Titanic
Da realidade como carneiros
Tititis, nhéco-nhéco e disbundas
Eram o cinema nacional. Glauber &
Nelson Pereira desbotaram a
Panorâmica do mundo real. Pelé e
O futebol bossa-nova da música
Tropical. O pau e a pedra pintaram
Nos descaminhos de Tom Jobim nas
Águas de março de 60 acontecendo
Em 1972. Beatles, Rolling Stones, Cae,
Gil e as sopas no Beco da Fome tipo
Ministrones. Paissandu e Pasquim no
Rio Jorge Ben. Em Sampa, a Augusta
Era chique os plays-boy brilhantinas
Desfilavam ao som de Celi Campelo
O país sentia no pelo a poesia de
Cabral e Drommond. Todos viviam
O próprio sussexo no suposto
Sucesso dos outros. Os neurônios
Espelhos já existiam nos pentelhos
De Dona Ma. Juana e para os afilhados
De tio Leary LSD: psicodélica vanguarda
Dos anjos da guarda do Caos a valer
Ainda agora persistem as alegres e as
Tristes memórias demais que nem mais
Existem e estão longe de cessar
Nos corações e mentes à Easy Rider:
Abrace o mundo com amor
Enquanto dispara todas as armas
As caravelas psicodélicas descobriam
Os mundos de Huxley e Hesse
O Céu e o Inferno em todos e cada um
Os exércitos dos superbacanas
No comando de Sgt. Pepper`s
Lone Hearts Club Band.