Nuvens escuras,
vou a janela e vejo um vulto,
embaçado, tortuoso,
esgueirando-se entre arvores
olho e penso...
será um anjo,
ou demônio?
Sei lá...apenas quero sentir
o vento refrescante em meu ser,
em minha pele.
Retorno e lembro de uma música,
gostaria de ouvir mais uma vez,
a voz e o som do piano,
o sotaque está claro,
talvez de terras próximas,
gosto do cantor.
Gosto da frase...”Vejo o Sol a Brilhar”
o sol!
aqui o brilho é intensos
majestoso e escaldante,
lembro minhas raízes,
correndo pelos prados verdejantes
onde minha vida ficou.
Onde ficou meu primeiro amor,
o amor que perdura no tempo,
onde gostaria de deixar escrito
na areia...
ser levado pelo vento.
Não sei,
penso resignada
não retornarei,
resta-me ouvir um Tango Argentino
comendo bolo de abacaxi!
reeditando.