Memórias
Em fuga
nos labirintos da noite
Presa nos fios de um passado
Ainda cego de memória
Dilacerada pela dor da violação
E aprisionada num mundo sem luz
Porões de uma época
Lampejos de outras vidas
De repente!
Uma fresta de luz
Ecos no porão
Gritos, vozes
Corra, fuja
Salve-se!
A luz se dissipou
Uma paz reinou na aridez daquele lugar
Fora havia muita escuridão
Dentro a luz continuou a brilhar
Cada olhar perdido, desgarrado
Iluminou-se
Aconchegada na suavidade da luz
Do sonho de memórias... Acordou.
Domingo, 20/11/2016.