JÁ NÃO HÁ MULHERES ASSIM

Mulheres de saias, sapatos rasos,

Seios naturais e sem pinturas,

Eram mulheres doutros tempos,

Que nos deixavam a suspirar,

E que desejávamos conquistar.

Eram difíceis de conquistar,

Faziam-se desinteressadas,

Tudo fazíamos para agradar,

Elas mostravam-se esquivas,

Nunca admitiam ousadias.

Ousadias tínhamos por vezes,

Que nos custavam estaladas,

Nossos beijos eram recusados,

Tinham de ser então roubados,

Mesmo correndo sérios riscos.

Riscos que eram tão ignorados,

Sabia melhor sentir esses lábios

Doces colarem-se aos nossos,

Em momentos de gozo e êxtase,

Que nos deixavam deliciados.

Já não há mulheres assim

Ruy Serrano - 12.12.2016

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 12/12/2016
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