NÃO VI
Não vi, da janela em que habito
Os campos e as canhadas,
Nem os sonhos de gineteada
Dos tempos em que era guri.
Olhei ao longe e não vi
Meus sonhos de liberdade,
Hoje sofro de saudades
Da querência onde nasci!!!
Procurei a gurizada
Correndo no arvoredo,
Procurei os meus brinquedos
Companheiros de jornada,
Mas me faltava a peonada
Pras batalhas imaginárias
Onde meu potro malacara
Partia à primeira clarinada.
Mas que saudade daquele tempo
Onde o horizonte era um sonho
E hoje me encontro tristonho
Bem longe de onde eu nasci
Mas novamente me vejo ali,
Em um entrevero medonho
Onde o Curi dos meus sonhos
Ainda teima em ser guri!!!
Cuiabá-MT, 13/04/2016.