Trago um sofrimento na memória
De meses que “morei” no hospital
Minha mãe começou a tossir muito
Foi fazer exames, sentiu-se mal.

Antes, bem forte, cuidava da gente
Nos acudia sem pestanejar
Não sei como pude vê-la doente
Deus que me deu forças para lutar.

Segui em frente, não tive fraquezas
Sem os problemas e toda mazela
Deixei para trás minhas incertezas
Corri feito louca, para cuidar dela.

Oito meses sempre debilitada
Com muitas crises de falta de ar
Uma mulher tão forte e guerreira
Não mais tinha forças para andar.

Assistência médica, não faltava
Exames? Garanto, tudo foi feito!
Mas a doença só foi confirmada
Quando já tarde, não teve mais jeito!

Deus a levou numa certa manhã
Teve pena das filhas, na verdade
Quis amenizar tanta agonia
Agora restou eterna saudade.

Um mês e longos anos vão passar
Saudade será  a mesma, doída
Eu vou sempre sentir a sua falta
Um abraço saudoso, mãe querida!

Agradecida a Deus, por  me dar
O dom de transformar essa dor
Nesse triste, porém, belo poema
Um retrato da saudade e do amor.

ALAÍDE SOUZA COSTA
Enviado por ALAÍDE SOUZA COSTA em 27/11/2016
Reeditado em 14/08/2023
Código do texto: T5836769
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