Corações impuberes
Corações impuberes
Em 1983 meus olhos se abriram
Num grande dimensão
Nesta mesma cidade juntaram
Em uma pequena sala
Pouco mais de 3 dezenas de corações, éramos pequenos, mirrados assustados bastava ler em nossos olhos esse misto de emoções era um mundo novo
Que estava diante destes pequenos
Desde sempre com muita energia
Mesmo com muitas tarefas
Bastante conversas tirar 10 era
O X da questão sempre muito
Amigos éramos puros,
Brincávamos de tudo na maior
Empolgação da fila da pia
Era sabido temos sempre que lavar às mãos sim íamos cantando sempre a mesma canção
Os danados do fundo da fila
Sempre dando aquele empuram
Uns sorriam bastante outros
Zangavam mais no recreio
Diante da liberdade de ser
Criança nem ligavamos pros
Arranhões
Na aurora de nossas vidas ainda
Sofriasse de paixões
Ao nosso modo os olhos saltavam
O coração disparava diante daquela
Que fazia sumir à voz e gelar às mãos éramos lindos cada um
Ao seu modo corações impubres
Que se fundiam pela bondade
Nobre das raízes trazidas
Na alma de cada pequeno cidadão
E muitos perguntavam
Que seram um dia ?
Pergunta boba se fechassem
Os olhos poderiam ver à riqueza
Que cada um de nós trazia
Encrostada na alma
Herança genética de muitas gerações
Mesmo sendo humildes
Doamos um pouco do melhor
De nós pra cada colega
Que separados pela vida
Por mais de 3 décadas
Hoje nessa data querida
Promove esse reecontro
Não mais de colegas
Não mais de crianças assustadas
Não mais de corações impubres
Mais de grandes irmãos...
Ricardo do Lago Matos