Aqueles voos de papel.

Por mais palavras

que a gente conheça

Por mais tempo a gente viva

Jamais haverá coisa nova

Com a mesma graça

Que aqueles simples voos de papel

Que jamais alcançaram grande altura

Mas traziam alegria tão pura

Que agora, ao lembrar

Eu os vejo pertinho do Céu

Portanto

Não importa

Quantos voos se voe

Nenhum deles se compara

e nem jamais haverá de comparar

E qualquer voo que tentar

Estará voando à toa.

Edson Ricardo Paiva