CANTO D'ACÁCIAS
Ao largo de passos tímidos
há ondas alegres a cantarolar,
secam lágrimas para controlar
luar de amores improbidos
Canto apadrinhado pelo vento
Sobe cruzando nuvens qual voo
E debaixo d’acácias, eu ecoo
Meu grito de desalento…
Mar desenha ecos;
Mesma alma reluzente
seduz Benguela qual valente
marinheiro - ébrio em becos;
Ondas abraçam canto na areia
Aplaudem quimérico concerto
de acácias que farfalham perto
dum papel que desvenda sereia
Na marginal caminham estrelas
Iluminando nenhum sorriso meigo
E o mesmo canto leigo
se esconde numa voz de Cinderelas…
Benguela, 24/10/2016.