Olhei para trás
Olhei para trás
Num momento único parei
Olhei para trás
Eu vi aquele menino de joelhos
ralados descalços com à bola
debaixo do braço
Ainda sorrindo com cabelos embarcados todo sujo de tanto
brincar
Ainda rindo apontava pra mim dizendo porque chorar
Olha sua caminhada pode ser doida
Pode ser sofrida até fadigada o menino me fez lembrar
Quando tomou minha mão
disse que tinha mais medos, sonhos, ou ilusões
Tu sonhava com coisas grandes
Iludia-se com pouco pra sua real satisfação por ser pobre
Castelos de areia pra ti eram
grandes fortes
Teve sempre que enxergar com coração , teu ponto
Fraco diante desse povo sem a balança justa da razão
Tinha medo de espinhas,
Das roupas não ajustadas por ser heranças de seus irmãos Mais era digno,sempre humilde da soberba nunca lançou mão
O menino dizia lembra dos dias
Que naquelas rodas de cantoria
Junto aos amigos cantava bem alto com muita alegria
Passaram amigos por sua vida
bem mais que irmãos
Porque essa tristeza das coisas da vida
Umas vem e ficam, outras fazem bem más se vão
Sempre foi bom amigo
Abre logo teu sorriso, pois ainda há muito à caminhar
Pelas pedras do caminho
Pelos sorrisos dados
Pelas lágrimas colhidas
Pelos fortes abraços
Pelos amores vividos
Que ainda te aviso dos males por te
Sofridos nenhum sequer estava na lista boba daquele menino
Que temia o primeiro passo
Aonde ir , como chegar , se ficar ou mesmo aonde por os pés...
Ricardo do Lago Matos