Olhei para trás

Olhei para trás

Num momento único parei

Olhei para trás

Eu vi aquele menino de joelhos

ralados descalços com à bola

debaixo do braço

Ainda sorrindo com cabelos embarcados todo sujo de tanto

brincar

Ainda rindo apontava  pra mim dizendo porque chorar

Olha sua caminhada pode ser doida

Pode ser sofrida até fadigada o menino me fez lembrar

Quando tomou minha mão

disse que tinha mais medos, sonhos, ou ilusões

Tu sonhava com coisas grandes

Iludia-se com pouco pra sua real satisfação por ser pobre

Castelos de areia pra ti eram

grandes fortes

Teve sempre que enxergar com coração , teu ponto

Fraco diante desse povo sem a balança justa da razão

Tinha medo de espinhas,  

Das roupas não ajustadas por ser heranças de seus irmãos Mais era digno,sempre humilde da soberba nunca lançou mão

O menino dizia lembra dos dias

Que naquelas rodas de cantoria

Junto aos amigos cantava bem alto com muita alegria

Passaram amigos por sua vida

bem mais que irmãos

Porque essa tristeza das coisas da vida

Umas vem  e ficam, outras fazem bem más se vão

Sempre foi bom amigo

Abre logo teu sorriso, pois ainda há muito à caminhar

Pelas pedras do caminho

Pelos sorrisos dados

Pelas lágrimas colhidas

Pelos fortes abraços

Pelos amores vividos

Que ainda te aviso dos males por te

Sofridos nenhum sequer estava na lista boba daquele menino

Que temia o primeiro passo

Aonde ir , como chegar , se ficar ou mesmo aonde por os pés...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 05/09/2016
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T5751305
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