Céu de todo dia

“As tristezas da orfandade profanariam a serenidade dos celícolas” – Souza Monteiro

Desde pequeno sempre fui celífero

Observava os céus com mistério e admiração

Distancias tão absurdas

Anos luz para me encontrar

Como podia tanto tempo percorrido

Tantas vidas transcorridas

E aquele céu absoluto

O mesmo de Galileu e Leonardo

Impassível e imóvel.

E mesmo assim

Bilhões de vidas se passaram

E o céu

O mesmo de todo dia.