NÃO TE QUERO PERDER
Um poema metafórico que tem subjacente a terra onde nasci.
Luto contra o tempo intemporal,
O tempo presente é o memorial,
Do que guardo de ti, meu amor,
Não te quero perder, teu sabor.
Meu sabor do corpo teu, guardo
Como se fosse meu, vejo em ti
Tudo o que na vida ambicionei,
Por que até hoje eu sempre lutei.
Não te quero perder, tu és única,
És a estrela da noite de insónias,
A luz que me ilumina pela manhã,
Quando o sol rompe pela janela.
Não te quero perder, és a força
Do meu querer, do meu persistir
Neste mar de lágrimas de sabor
A sal, que não me deixa, é a dor.
A dor de me sentir só e distante
De tantos afectos e de carinhos
Perdidos há muito, não sei por
Quê, não sei aonde, os mimos
Agora picam tal como espinhos.
Este é o meu lugar para sempre,
Aqui viverei com a minha mente,
Com quem falo com confiança,
É meu vento e minha bonança.
Ruy Serrano - 15.08.2016