UM PASSADO SEMPRE PRESENTE
Tenho sempre presente o meu passado,
Que guardo no meu baú de memórias,
Onde vou buscar imagens dessa vida,
Que vivi com inocência e muita alegria.
Tudo que fazia era sem maldade, mesmo
Quando prendia uma lata ao rabo duma rã,
E ela corria desenfreada através dum rego,
Que a chuva fizera durante aquela manhã.
Os pombos eu apanhava dentro duma caixa,
Quando o fio puxava e a caixa se fechava
Com o pobre do pássaro dentro, nela ficava,
E eu exultava de contentamento, pelo feito.
De seguida restituía a liberdade ao pombo,
Não queria que a sua vida fosse molestada,
Por uma brincadeira inocente e insensata
Que me desafiava a cometer leviandades.
Assim era a vida do passado, leve e inocente,
Com vasto horizonte de sonho à minha frente.
Sem maldade e desbravando novos caminhos,
Com a ajuda da família e dos melhores amigos.
Ruy Serrano - 28.07.2016