Boemia.




Homem que se prezava carregava na bagagem
Uma mulher sincera, outra pra vadiagem
Trocava dia pela noite nos tempos da boemia...,

Era operário ganhava salário
Para gurizada nada a faltar...

Sexta feira colocava terno de linho engomado
Cavaco do lado noitada ia começar...

Chegavam compadres, terreiro ia animar
Uma pinga na goela para esquentar...

Geladas na mesa com muitos leros ,
Na vitrola um bolero a tocar...

Esqueleto começava balançar
Com uma cabocla assanhada
O bagulho não ia prestar...

Samba era hobbi
Surgia em qualquer lugar...

Madrugada da segunda voltava pra casa cansado
A mullher começava falar...

Seu vagabundo, me deixa trancada vai vadiar
Ainda chega bêbado, com ciroula suja para eu lavar...

Assim não aguento está porra vai mudar
No póximo fim de semana vai me levar...

Sou dona do pedaço vai ter que aturar
Quem aproximar como no braço
Não venha separar...

 
José Nilson Sena
Enviado por José Nilson Sena em 24/07/2016
Reeditado em 05/07/2017
Código do texto: T5707451
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