Histórias da memória

Lembro das antigas histórias

Contos de fadas e anedotas.

Como chapeuzinho vermelho,

Com lobo-mau, com guarda florestal,

E flores, mas

Não havia espelho.

Branca de neve,

Com madrasta bruxa

E uma menina branca como a neve.

Que uma maçã envenenada

Trouxe sua morte breve.

Recordo da pobre cinderela

Que foi feita empregada

Por uma madrasta

Mais feia que ela.

A bela adormecida

Que depois de furar o dedo num obegeto infeitiçado

Nunca mais foi vista

Durante cem anos ficou sumida.

Quanta gente enventada

Que nos dias atuais

Ficaram desaparecidas

Como se a bruxa

Do século XXI tivesse

Criado vida.

E todas histórias

Sido removidas

As crianças não aprende

Criar a vida

Sem violência, mas aprende

Todo tipo de ofença

Chingando e matando.

Até o presente já não

Tem valor

Se não for

Um tablete, com toda tecnologia

Que hoje não é mais a vapor

Não se brinca mais na rua

De pula corda ou pega-pega

Nem esconde-esconde

Menos ainda de pular amarela,

Quadradinhos no chão

Coisa mais bela.

Toda menina ganhava

Boneca, jogo de xícara e jarra

Ou um joguinho de panela

E assim as brincadeiras

Se tornavam tão boas

Como se fossem temperadas com canela.

Quem me dera voltar nessa época

Onde a felicidade

Era tão simples, doce e bela

Até mesmo de cor viva amarela.

lilianpotter
Enviado por lilianpotter em 15/07/2016
Código do texto: T5698545
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