RECORDAÇÕES.
Nos tempos de outrora
Naquela casinha amarela
Desse alpendre olho agora
Passei minha infância bela.
Papai levantava cedinho de madrugada
O fogo ele acendia, e rumava pro curral
A fumaça enchia a casa, ainda de madrugada
Sem demora, eu levantava e ia pro curral.
A primeira refeição, ali eu fazia
Aquele copo com leite, era sagrado
Das vacas, os nomes eu sabia,
Conhecia todo o gado.
Todo mundo, cedo levantava
Começando assim o dia
Os meninos, na máquina
A moer milho começava,
Mamãe o café, ela fazia
As moças, da casa cuidava.
Mas então, chegou o tempo
E na educação, dos filhos pensando
Deixamos a vida no campo,
De segunda, a sexta feira
Pro futuro, nos preparando.
Era duro deixar, o campo
Mas a vida, nos mostrava
Entre as encruzadinhas, do tempo
Ser feito, isso precisava.
Todo domingo a tarde
Fizesse sol, ou chuva
ônibus, para cidade
Campina Grande, a gente pegava.
jeito que não tem jeito
Nanci Duarte
13/07 2016