Amnésia

Como pode a prata revelar aquilo que não recordo?

Perdido em teias do pensamento

Observo solitária em desacordo

Como pode um diário dizer aquilo que não sinto?

Eram belas poesias

Regadas ao sabor do tinto

O tempo é ardiloso escorrega dos nossos dedos

Ele leva nossos amores

E nos preenche de medos

E as histórias são temperos que insisto em usar

Nessa receita antiga

Que insisto em mudar

De repente lembro dos tombos da minha infância

Os típicos joelhos ralados

Dos tropeços de criança

Os caminhos que trilhei e me trouxeram aqui

São tantos que nem recordo

Pois é...

Acho que enfim amadureci

AlgumLugarQueTemPisodeTerra, 10/07/2016

DBranas
Enviado por DBranas em 10/07/2016
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