CRIANÇA CIDADE – CIDADE CRIANÇA
Como posso te esquecer, ó minha terra
Deslumbrante Maceió, com suas tradições
Laços de família, semente que lá se enterra
Bons frutos colhidos, guardados no coração
Alegria incontida que no peito se encerra.
Como posso esquecer o meu passado distante
Que foi, incólume, eternizado em minha memória
Uma vida mais que perfeita, em felicidade constante
Vivências diárias, que formaram a minha bela história
Fatos e sonhos sentidos, vividos, de maneira marcante.
Como posso esquecer o banho de chuva no terreiro
Do feijão preto com charque e bife ao molho suculento
Da panela ao relento, que aparava a chuva de janeiro
Do bolo de milho, pamonha e pé de moleque puxento
Adivinhações de junho, mostrando o futuro parceiro.
Como posso esquecer-me do sol, dos banhos de mar
Da compra, na praia, do gostoso algodão doce no palito
A Laranja Pera descascada e pronta para se saborear
Daquele pirulito enrolado como sobrinha, (meu favorito)
Da piscina natural e do castelo de areia, à beira-mar.
Como posso esquecer-me de todas essas tradições
Dos jogos de vôlei e queimado, lá na minha escola
Das brincadeiras ingênuas, constantes diversões
Da correria de pega e congela, pela ladeira afora
Maceió, cidade querida, das grandes recordações...