VIÇOSA & PRINCESA DAS MATAS

Oh minha linda terra Viçosa!
Minha “Princesa das Matas”!
Te revejo e estás vestida
Com roupa de festa à tardinha
Pois hoje é um dia feriado
Olho o rio Paraíba e me detenho
Fico triste, pois o vejo assoreado
Cheio de pedregulhos enormes
Cadê o rio volumoso do passado?
Mesmo assim fico encantada
Pois ainda corre água em teu leito
Embora ao lembrar o teu volume
Sinto uma enorme dor no peito
Andei pela Rua do Cravo, comprida
Pela longa e extensa Avenida
Revejo a águia da antiga Prefeitura
Andei devagar pela linha do trem
E aos poucos fui recordando
A Feira, o Correio, a Loja do Povo
O Relógio Grande, o Hotel Central
Reviveria toda infância de novo
Voltaria para o Educandário
Levaria bronca de Dona Enaura
Comeria na Padaria do Ponciano
Um pão “aguado” com manteiga
Estudaria pintura com Dona Odete
Pegaria novamente na mão de meu pai 
Para ir ao armazém na cabeça da ponte
Deixaria mamãe fazer cocó no cabelo
Beijaria a mão de Madrinha Alvina
Tio Adeildo, Tia Ermezinda
Ah, quantas coisas da Infância
Coisas outras que não se esquece
Voltei de minha terra em prece!

 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 01/07/2016
Reeditado em 01/07/2016
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