Monólogo da solidão
Nota inicial: Comecei a escrever esse poema na sexta-feira santa de 2009 e coincidências à parte remexi no mesmo caderno duas sextas-feiras santas depois e conclui "Monólogo da Solidão" em 2011.
É tarde da noite
Silêncio inspira possibilidades
Nem o céu pode ser o limite
Quando se ama de verdade.
Em algum lugar
Está escrito todo nosso destino.
Se tudo faz sentido
Há um sentido
Para tudo fazer algum sentido
Ou nenhum, se preferir...
O tempo se perde
E divaga-se o pensamento
Em conclusões ao amanhecer esquecidas.
Bucólica brisa,
Nostálgica e alvissareira
Amiga da solidão
Que faz de meus versos
A única voz necessária ao momento.
É tarde da noite
E o Canto da Lua
Leva as estrelas ao pranto
E permanece o refrão
Mantra dos amantes
Em seus dialetos variantes.
Aqui ou em qualquer outro lugar
Conjuga-se o verbo amar
No vazio do abraço
De quem já descansa.
É tarde da noite
Testemunha das vãs promessas de recomeço
Aquelas que esqueço
Quando em seu olhar me reflito
No mais sincero espelho da alma.
É tarde da noite
Calam-se os dilemas
E o sono acena
Impaciente como um ditador
Precisa de um pouco de atenção.
E então deixo o espetáculo
Na promessa de voltar amanhã
E nos muitos amanhãs da juventude.
E o Canto da Lua
Percorre toda a eternidade
Sem meias rimas,
Nem pobreza de linhas
Sinfonia dos planetas e suas memórias.
Boa noite! Peço desculpas hoje por não ter visitado tanto as escrivaninhas de vocês! É que surgiu inspiração pra escrever e quando consigo ter esse privilégio de me inspirar, perco a noção da hora. Talvez eu poste aqui no formato de e-book porque o conto romântico é grandinho. Um beijo no coração de todos! Fiquem em paz!