PASSO A PASSO...
Nasci para cutucar a solidão
E dar à saudade uma anatomia,
Contudo o pó da terra é distonia
E me vi como um trem sem vagão.
Como criança trabalhei brincadeiras
Que se fizeram adultas e inexperientes,
Todavia criei álibis e fui tão incipiente
Que me envolvi em minhas asneiras.
Cheguei a ser adolescente meio político,
Pois trapaceava para sempre ser o melhor,
Entretanto a vida surrou-me, fui o pior...
Tenente depressão me abalou o psíquico!
Adentrei na fase madura ainda meio pirata,
Não obstante passei ser atrevido astronauta
E aprendi do sobejo alheio a ser indivíduo!
Assim a vida se edificou em mim... Sou gente!
No entanto ultrapassei tudo o que vi na frente
E deixei no lixo todo o lodo que não presta...
Envelheci. Madureza me fez alguém sabedor
Que do mundo o que importa é ser fiel e amor,
Escrever sobre os mistérios do que é ser poeta!
DE Ivan de Oliveira Melo