NA TARDE DAQUELE DIA!
Na tarde daquele dia
em que a lua apareceu
como um presente, que Deus
me trouxe de alegoria.
O sol brilhou de alegria,
não teve medo de mim.
Eu, que andava assim
meio noite, meio dia...
Meu irmão ali, calado,
voltou o olhar em meu rosto.
E nele, nenhum desgosto,
pelo fato inesperado.
Sentei-me, admirando
o seu bonito pomar.
Lá me permito sonhar
e já me encontro sonhando!
Como eu posso esquecer
a terra onde nasci?
A magia que eu vi
me permitiu reviver.
Era tudo o que eu queria
encontrar velhos amigos.
A sorte estava comigo,
na tarde daquele dia!
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
"Depois daquela tarde"
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