DIGA-ME ALGO PARA QUE POSSA SORRIR

Pude ver seus olhos no céu

osculando as estrelas com seu brilho.

Sim, eu me iludi pelo seu retorno,

quando bateria na porta e chamaria meu nome.

Seu perfume de alfameza eu ainda usava

para não esquecer seu cheiro e jamais esquecer

seu coração pulsando forte enquanto

me acariciava com seu carinho doce de Mãe.

Posso sentir que seu sorriso abre o sol enquanto

eu durmo em manhãs de saudade do aroma

do café que você fazia sempre e sempre.

Escuto pelos corredores da estação da vida

as canções que a senhora escutava quando jovem

o encantamento do amor e da nostalgia,

ainda escuto sua voz me chamando de filho

ainda escuto sussurrando palavras de ternura.

E quando estavas se despedindo de mim

beijou minha mão me dando sua benção

e no canto singelo de seus olhos vi

uma lágrima tecendo e pude sentir

que nunca mais estaria ao meu lado.

Mas sei que nesse triste poema

eu escrevi em sua homenagem, mãe.

Me deste educação, me deste o caminho

da ética e da verdade.

E junto de vovó Jajá, estais a me proteger.

Até mais, mãe. Até.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 08/05/2016
Código do texto: T5629507
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