Igreja Azulinha
Lá na curva da estrada
Triste e só abandonada
Parei e admirei...
Constatei
As ervas daninhas a consome
A erosão do vento, da chuva a desconstrói
Porem não destrói as lembranças
Emoções emanam de suas entranhas
Estranha o visitante
Único em anos
Quantas dores sofridas
Quantas lagrimas derramadas
Para os seus mortos
Quantos sonhos infindos
De seus casais
Quantas alegrias distribuídas
Por suas crianças
Quantas orações feitas
Por seus fieis
Quantas promessas
De suas famílias...
Quantas dores
Quantos amores
Quantos desamores
Quantas glórias
Júbilos, Aleluias, améns
E a igrejinha azulzinha
Na curva da estrada
Abandonada, desnuda, se curva
E se despede com os fardos dos anos
Logo mais seu azul não estará na curva da estrada
Confundir-se a com o horizonte