Igreja Azulinha

Lá na curva da estrada

Triste e só abandonada

Parei e admirei...

Constatei

As ervas daninhas a consome

A erosão do vento, da chuva a desconstrói

Porem não destrói as lembranças

Emoções emanam de suas entranhas

Estranha o visitante

Único em anos

Quantas dores sofridas

Quantas lagrimas derramadas

Para os seus mortos

Quantos sonhos infindos

De seus casais

Quantas alegrias distribuídas

Por suas crianças

Quantas orações feitas

Por seus fieis

Quantas promessas

De suas famílias...

Quantas dores

Quantos amores

Quantos desamores

Quantas glórias

Júbilos, Aleluias, améns

E a igrejinha azulzinha

Na curva da estrada

Abandonada, desnuda, se curva

E se despede com os fardos dos anos

Logo mais seu azul não estará na curva da estrada

Confundir-se a com o horizonte

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 28/04/2016
Reeditado em 30/08/2016
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