EXÍLIO DE TOKUSHIMA
“Memorial da cotovia”
Já sinto terras da Europa
Areias de Portugal
E saudades minhas…
Em Tokushima de aquém,
Respirando solidão,
Wenceslau me acho.
De meu telheiro te vejo
Por detrás das buganvílias,
Ó cotovia esbelta.
Que notícias tu me trazes,
Em teu mavioso canto,
Da Francisca de mim?
Volteando sobre Atchan,
Viste Ó-Yoné e Ko-Haru
Na fresquidão da brisa?
Cumprindo o meu destino
De Macau a Bon-Odori
Meus sonhos embalei.
Cristal palácio construí
Com pedras de aventura
Em país de flores.
No fogo da minha pátria
Em Tokushima feliz
Qual ilha dos amores!
Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA