Alegria ao som do cincerro.
Longe muito longe se ouve a sineta,
pouco se vê além na longa estrada,
o tilintar do cincerro faz a certeza,
o pai já está próximo com a boiada.
No terreiro um menino na euforia,
na espera das maçãs há ansiedade,
o embornal o cheiro que denuncia,
o papel roxo contrasta a felicidade.
Já se vê a poeira o som agora alto,
o menino está aflito não diz nada,
sonha corre e ensaia alguns saltos,
seu coração agitado pela chegada.
Seu cão fareja, late como a avisar,
no Céu azul revoam passarinhos,
o alazão relincha, ouve-se tilintar,
no terreiro sente-se o burburinho.
O som do cincerro devolve seu pai,
de cima do cavalo emite um grito,
e salta elegante como um samurai,
para abraçar o filho como um rito.
Toninho.
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Cincerro: uma sineta de bronze colocada no pescoço de animal (boi, cavalo cabra) como guias de bandos e ou para que sejam encontrados nas matas fechadas, mas que muitos cavaleiros gostavam de usar em suas montarias nas viagens como anuncio de sua passagem.