Duas Noites
Foi numa noite qualquer que tudo ocorreu
As estrelas iluminavam as vias escuras
assim foi que toda pudicícia morreu
as ruas podem ser tudo, menos seguras
Ao deixarmos a sala de cinema com o peito apertado
Percebemos um ao outro após tanta espera
O álcool que consumimos me deixou calado
Com aquela amiga ao lado pensando no que fizera
Ler poesias um para o outro na noite fria
Enquanto andávamos nas ruas perdidos
Podia representar tudo o que queria
E não saberia atender seus pedidos
Mesmo já tendo percebido o que queria
Sem aquele vinho barato não conseguiria
E esta noite tão mágica, não seria
Tua lembrança não mais teria
Passar a noite sentado naquela calçada
Ouvindo a mesma canção por horas
Enquanto lhe beijava, coisa tão esperada
Sentia na boca o gosto das amoras
Neste sentimento percebi num instante
Morava toda a Maldade, Bondade e Sinceridade
Mesmo sabendo que não voltaria a ser minha amante
Guardo essa memória para toda a posteridade.