Duas Noites

Foi numa noite qualquer que tudo ocorreu

As estrelas iluminavam as vias escuras

assim foi que toda pudicícia morreu

as ruas podem ser tudo, menos seguras

Ao deixarmos a sala de cinema com o peito apertado

Percebemos um ao outro após tanta espera

O álcool que consumimos me deixou calado

Com aquela amiga ao lado pensando no que fizera

Ler poesias um para o outro na noite fria

Enquanto andávamos nas ruas perdidos

Podia representar tudo o que queria

E não saberia atender seus pedidos

Mesmo já tendo percebido o que queria

Sem aquele vinho barato não conseguiria

E esta noite tão mágica, não seria

Tua lembrança não mais teria

Passar a noite sentado naquela calçada

Ouvindo a mesma canção por horas

Enquanto lhe beijava, coisa tão esperada

Sentia na boca o gosto das amoras

Neste sentimento percebi num instante

Morava toda a Maldade, Bondade e Sinceridade

Mesmo sabendo que não voltaria a ser minha amante

Guardo essa memória para toda a posteridade.

Felipe Kass
Enviado por Felipe Kass em 11/02/2016
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