Lembranças (Terra Natal)

Quando vou a minha terra natal,

sinto um misto de alegria e melancolia.

Lembro do quanto fui feliz,

e do quanto sofri.

Revejo meus sorrisos espalhados por onde percorri,

e também as lágrimas que deixei cair.

Me deparo comigo mesma:

alguém não muito mais conhecida minha.

(Quem era eu?)

Mergulho em um turbilhão de emoções

E sentimentos vividos esquecidos e deixados

nas esquinas por onde passei.

Lembranças boas, doces, amargas, azedas,

de clareza, de escuridão, de coração... aahh!!

E quanto coração ficou pra trás?

E tive que remontá-lo, várias e várias vezes.

Juntar os pedaços e recomeçá-lo com uma nova batida.

Lembranças são (apenas) lembranças

E como são lembranças,

devem ficar no seu devido lugar no tempo:

passado/presente.

Devem ficar em um presente um tanto ausente,

para não se tornar presente.

Lembranças devem permanecer

nem tão distante, nem tão próximo,

nem tão real e nem irreal...

Lembranças!

A vida segue sem retorno,

mas podemos escapar pelo da atalho da memória

e assim nos reinventar,

reviver sem deixar de viver,

e seguir...

Rumo ao novo e desconhecido:

o momento presente.

Karla Barros
Enviado por Karla Barros em 03/01/2016
Código do texto: T5499138
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