INGRATIDÃO

Fui ingrato,

eu confesso.

Quando, forro,

não fiquei

nem a bênção lhe pedi

e o trabalho lhe neguei.

Fui ingrato,

eu confesso.

Quando, forro,

não voltei

sem demoras eu parti

e o passado não olhei.

Fui ingrato

eu confesso.

Quando, forro,

não rezei

e nem velas acendi

por nhonhô não supliquei.

Fui ingrato,

eu confesso.

Quando, forro,

eu lutei

cativeiro combati

ao meu sangue me juntei.

Fui ingrato,

eu confesso.

Quando, forro,

não errei

meu caminho construí

pois enfim me libertei.

Fui ingrato,

eu confesso!

Fabio Ferreira S
Enviado por Fabio Ferreira S em 23/12/2015
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