INGRATIDÃO
Fui ingrato,
eu confesso.
Quando, forro,
não fiquei
nem a bênção lhe pedi
e o trabalho lhe neguei.
Fui ingrato,
eu confesso.
Quando, forro,
não voltei
sem demoras eu parti
e o passado não olhei.
Fui ingrato
eu confesso.
Quando, forro,
não rezei
e nem velas acendi
por nhonhô não supliquei.
Fui ingrato,
eu confesso.
Quando, forro,
eu lutei
cativeiro combati
ao meu sangue me juntei.
Fui ingrato,
eu confesso.
Quando, forro,
não errei
meu caminho construí
pois enfim me libertei.
Fui ingrato,
eu confesso!