Quando o Domingo Nasce.
Quando o Domingo Nasce
A cortina fecha
A madrugada,
Aos corpos cansados
Nos êxtases das camas
E nas alegrias dos copos.
Os braços abrem-se
Aos abraços
Das despedidas.
E o delírio do sol,
Empresta a luz
À cafeína,
Na boca trêmula
Da bailarina.
Os olhos achados
E perdidos
Voltam ao tempo
Antes do espelho.
Os lenços de papel
Recolhem as marcas
Desfeitas na face.
O domingo nasce
Na ressaca, nos molhos
À mesa. As lembranças
Dançam pelos pratos.
E no tilintar das taças
As esperanças adiadas
Desejam o próximo sábado.