acordavam sorrindo as manhãs
e os dias passavam lindos como 
o fuído de um ribeiro manso
o sol balançava em fios de oiro
quando se deitava na macia capa
de cada tardinha…até amanhã, dizia!
e tu, sorrindo, acenavas-lhe adeus
iluminavam-te sonhos risonhos
que me descobrias como se auroras.
eram cantos e usos de mundos
aonde não havia desencantos
nem guerra, meninos famintos,
velhinhos morrendo prostrados...
mas leite e mel correndo abundantes
milheiros de flores, limpos horizontes,
sorrisos abertos e mãos estendidas

eu tudo escutava e arrecadava
no meu espírito vigilante sabendo
como é curto o momento 
em que soa esperança... pura magia!