MEU NOME
MEU NOME*
Por que o nosso nome?
Por ele, somos atendidos
Identificamo-nos com ele,
acumulamos fama e bens.
Simplificamos nosso tratamento com apelidos
que nos dizem respeito ao tratamento.
Trazemos sempre em evidencia o nome,
quer seja por apelido ou onomástico.
Meus pais quando se casaram,
consagraram sua vida matrimonial
a José e Maria, coerentemente
a suas religiosidades praticadas.
Advém daí seus nove filhos Chamarem-se
inicialmente José e as filhas Maria
na composição dos binômios.
Meus avós maternos casaram-se
em Dezembro de 1894 no civil e religioso.
Ao fazerem cinquenta anos de casados, em 1944,
e para homenageá-los minha mãe ofereceu
nomear de Francisco ou de Olívia o filho
que ela esperava no sexto mês de gravidez.
Nasci em março de 1945
e passei a ser chamado José Francisco,
recebendo o sobrenome Ferraz
de minha mãe e Luz do meu pai.
Outras razões poderia haver do meu nome existir,
considerando que vivíamos a Segunda grande Guerra.
E o Brasil também fora ao fronte na Itália.
O clima carecia de paz, e a intercessão
de São Francisco, O Mestre da Paz
seria oportuno na cessação
das hostilidades mundiais.
Haja vista o holocausto abominável
que vitimavam nossos irmãos judeus
perseguidos de todas as partes do mundo.
O que dizer do José? O cônjuge escolhido
da Casa de Davi para unir-se a Maria de Nazaré,
a serva que declamou o Magnificat,
cuja oração é o resumo da Torá!
O prenuncio do meu casamento com a Myriam,
nome de Maria de Nazaré em hebraico.
Unindo duas famílias de credos do
Antigo e do Novo Testamento,
numa pregação ecumênica.
José é o artífice da construção
por meio da natureza, fazendo abrigos,
móveis e utensílios que guarnecem um lar.
Portanto é o provedor do casamento.
Assim foi que adquiri minha profissão
por força vocacional do padroeiro
que meus pais nos consagraram.
Não é à-toa que na oração da Torá
Somos abençoados por “D’us de Abrão,
de Isac e de Jacó nos guarde até a terceira geração”,
ficamos abençoados desde meu avô Francisco.
Ate meus filhos, netos e deles de geração em geração.
Orgulho-me do meu nome, que me protege, me realiza,
esperando um dia fazer jus a tão honroso onomástico
que levo em meus registros desde a pia batismal e cartorária
até ao óbito, esperando que meu pó volte à terra que me fez
e meu Espírito volte a D’us que me deu.
*José Francisco Ferraz Luz