Travessia

Travessia

Da infância

Nos meus risos contidos;

Ficou a desconfiança,

E os meus gestos concisos.

Da adolescência,

Naquela gota d'água;

Ficou a inconsciência,

Amarga das mágoas.

Da juventude,

Naqueles planos confusos;

Ficaram sonhos em amplitude,

E os meus gritos difusos.

Mágoas! Hoje não vivo delas.

Para que lembrá-las?

Minhas raízes são centenárias,

E não existe lugar para elas.

Desconfianças, matou-as o tempo,

E o pouco que sobram delas,

É relíquia do meu sustento.

É instinto de vida que há nelas.

Os sonhos permanecem vivos,

Símbolos de todas as loucuras,

Traduzidos em outros gritos,

Vão mediando minhas aventuras!

Hoje sei, só ferro em brasa marca boi!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 03/10/2015
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