Lembranças na Cidade

Vejo entre erros e crises

Que de tantas cicatrizes

Como tinta no sulfite

Várias dores permanecem

São histórias, são raízes

Que de baixo das marquises

Abraçadas com sandices

As lembranças adormecem

Foram dias, foram horas

São momentos, são memórias

Que rastejam noite a fora

E pouco a pouco padecem

A demora que sufoca

Seu olhar quando me olha

Me faz ver o céu la fora

E os brilhos que te engrandecem

Incalculável resultado

Dos motivos do acaso

Os acertos dos errados

Que a noite enaltecem

O Assertivo duvidado

Duvidoso confirmado

Que de tanto atordoado

Das lembranças é refém

Aquieta e vai calado

Adormece embriagado

Após rodar por todo bairro

A procura de ninguém...

Oitavo Anjo do Apocalipse
Enviado por Oitavo Anjo do Apocalipse em 30/09/2015
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