Lembranças da roça

Em 97 eu era criança

a roça era a esperança

de uma doce infância.

Eu torrava o café

na terra serena

e rezava com fé

para o verde da mata

iluminar

à vida dos pássaros

para que como eles

eu pudesse cantar

a canção dos bálsamos.

A fumaça subia

na casinha de adobo

convidando o João de Barro

para fazer dela sua morada

e tudo era arte e beleza

a riqueza era plantada no coração

ter a vida nas mãos

e na alma

o canto da natureza, respira e acalma

o corpo cansado

pelo café torrado

descansa contente

na pura poesia

dos pássaros

na casa de barro.

SerAlémdoÓbvio
Enviado por SerAlémdoÓbvio em 17/09/2015
Reeditado em 28/03/2016
Código do texto: T5385222
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.