Vida de estudante (ontem e hoje)
No meu tempo de estudante
Carteira não tinha não
Furava um buraco na parede
Colocava um braço de carteira
Se conseguisse encontrar
Do contrário sentava no chão.
Se quisesse levava um tamborete
De casa na mão.
No meu tempo de estudante
passei muita privação.
Reaproveitava os cadernos do ano anterior
Pois meus pais eram muito pobres.
Mas sempre deram ao estudo muito valor.
Sempre tive interesse em um dia
me formar, ter uma profissão
Para os meus pais se orgulharem de mim
e da minha convicção.
Sempre gostei de cordel
Que no interior meu pai
Gostava de me contar
Histórias de valentia,
De cangaço e de amor.
Por isso hoje gosto de poesia
E ao estudo dou muito valor.
Naquele tempo, não muito distante
O aluno respeitava o professor,
Pesquisava, estudava, buscava
Aprender com ardor.
Realizei o meu sonho de formar.
Gosto muito de ler e escrever
E incentivo os meus alunos
O mesmo fazer para assim aprender.
Vejo hoje em dia nas escolas:
Computadores, biblioteca, livros
de todos os gêneros, cores e formas.
Carteiras de todas as cores, merenda.
Bons professores, habilitados e competentes.
Triste vejo também, alunos descontentes.
Reclamando de barriga cheia.
De tudo que eles têm de bom e de diferente.
No meu tempo aguentávamos calados.
Hoje reclamam e esbanjam direitos,
Mas esquecem de cumprirem seus deveres.
Mesmo sabendo que ninguém é perfeito.
Hoje só não aprende quem não quer.
Há escola para todos, basta procurar.
Na cidade, no interior em todo lugar.
Os professores vão ao interior
Para suas aulas ministrar.
Há o transporte escolar.
Para os alunos levar.
Compare para constatar.
no seu tempo de estudante
E do estudante de hoje.
Muita diferença há.