UMA LEMBRANÇA
À noite, um vulto!
Excitação, não consigo dormir!
Me levanto, e eis o susto:
começas a existir!
És a alucinação,
te soltaste do meu coração!
Verifico se eu estou febril;
pulsação vai a mil!
Que linda visão!
Para mim, não há escuridão.
Um presente da minha lembrança;
giras na tua dança.
É verdade! Não estás ali, na moldura!
E eu que estava à tua procura!
Me esforço para deixar de me lembrar,
para que eu volte a te amar.
Mas os segundos começam a te apagar.
Inesquecíveis, esses, que vivi!
Volto à cama, baixinho a soluçar,
lembrando-me do dia, em que eu te perdi.
- Gabriel Eleodoro
Rio de Janeiro, 1° de setembro de 2002.