{{{{{{{{UMA SOMBRA QUE PASSA}}}}}}}}
A
vida
que era
um olhar risonho
Transcende hoje o
próprio coração.
Árvore d'esperança e sonho,
Hoje profundo vale de ilusão.
A vida...a vida é uma ficção!
Árvore d'esperança, de sonho constante,
Plantada em algum lugar
De um voltar distante,
Num eterno voltar para buscar
O que falta ao eterno sonhar.
Em lugar tão longe no tempo,
Retorno veloz de um momento,
Frio filtro das folhagens
Quando aos golpes do vento
Uma sombra passa por entre as ramagens.
Que lugar estranho, de estranho ver;
Distante passado de um ser e não ser´.
Árvore que não plantei, não a fiz
Por saber que de tudo,
não sou tudo que quis.
Assombro que corta
Velho peito cansado,
O sopro já falta
Ao corpo alquebrado.
Estranho sentir. Estranho lugar.
Passado distante. Vultos que amei.
Sonhar, dormir. Dormir? Não!
Recordar...
Árvore de lembranças,
Árvore que
não plantei.
Doce imagem
ressurge do nada...
Raio de estrela.Fresta do infinito
Sentimento que aflora ao coração.
Não quero pensar: - Já não mais existo
Eterno pensar deste ser finito
Ah! Meu peito cansado de emoção,
Não me furtes ao menos neste verso,
Ao dizer: - não sou tudo o que quis
Sentir e ver na sombra do passado
tudo aquilo que quis e não fiz
Aquele suspiro curto e sentido,
Olhos que
apenas
se
molharam...
mas
valeram...
TODO O UNIVERSO!
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