O silêncio da noite

As estrelas quietas no imenso silêncio do céu

anunciavam o calado pavor da jornada

O fulgor daquele tapete estrelado

brilhava radiante na noite enluarada

Cada passo dado e cada medo não revelado

apertavam ainda mais o receio que do meu peito não escapava

Naquela estrada de terra batida, naquele fim de mundo entrevado

sentia o aroma da tímida planta que somente na escuridão se mostrava

Dama da noite, vagalumes brilhando, cheiro de mato,

grilos cantando, lampião alumiando, coração disparando

Dias longínquos da minha saudosa e quase esquecida infância

povoada de medos, de brincadeiras, de doces gostosos, de sonhos cadentes numa eterna dissonância.

G_Bienenstein
Enviado por G_Bienenstein em 17/08/2015
Reeditado em 02/10/2015
Código do texto: T5349847
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