Imóvel
Enquanto te espero
Antes de encontrá-la
Já não sou nada.
Nada além de mar
Desaguando
Entre correntezas
De espera.
Eu não pararia
Não sou capaz de negar
E recolher da água
Uma só gota.
De onda em onda
Percorro
Por um instante
O tempo.
"Sou pedra", Disse ao mar
E até agora te espero
Espero, e espero
Em silêncio.
Se cada brilho
É um pixel
De vida
Que se esvai
Já morri de amor
E ainda morro
Imóvel
À ponta
Do oceano
E à beira
Do esquecimento.
15 de agosto de 2015.