A DANÇA DOS VAGA-LUMES
Tempo de espantos,
Sem postes, nos cantos da rua,
Sem fios condutores,
Energia era algo muito distante,
Tempo de muitas flores,
Estendidas nos campos verdejantes,
De casa iluminada,
Por lamparinas ambulantes,
Tempo da dança dos vaga-lumes,
De orvalhados perfumes,
De vento na paineira, de encantos,
Do meu olhar seresteiro,
Fascinado pela nudez da lua,
Da minha alma banhada,
Pelo tom platino,
Tempo de um eu menino,
Que atravessava a madrugada,
Tecendo mil utopias,
Enquanto a lua fazia,
O seu traçado transcendente,
Tempo que eu era templo da inocência,
Apesar de toda carência,
Recebia a visita da felicidade,
Encarava a realidade,
Com os lábios sorridentes,
Tempo de, entretanto,
É o tempo que reina no meu instante,
E uma saudade que acaricia o meu semblante.
Tempo de espantos,
Sem postes, nos cantos da rua,
Sem fios condutores,
Energia era algo muito distante,
Tempo de muitas flores,
Estendidas nos campos verdejantes,
De casa iluminada,
Por lamparinas ambulantes,
Tempo da dança dos vaga-lumes,
De orvalhados perfumes,
De vento na paineira, de encantos,
Do meu olhar seresteiro,
Fascinado pela nudez da lua,
Da minha alma banhada,
Pelo tom platino,
Tempo de um eu menino,
Que atravessava a madrugada,
Tecendo mil utopias,
Enquanto a lua fazia,
O seu traçado transcendente,
Tempo que eu era templo da inocência,
Apesar de toda carência,
Recebia a visita da felicidade,
Encarava a realidade,
Com os lábios sorridentes,
Tempo de, entretanto,
É o tempo que reina no meu instante,
E uma saudade que acaricia o meu semblante.