A estrada
O portão da fazenda
Misturava seu som
Aos passos de papai.
Fortes e certas
As sandálias gastas
Palmilhavam o chão até a roça.
Abria-se majestosa a estrada
Com o clarão do sol
Ante a realidade da mata,
Com seus pássaros
Numa imagem pueril nas árvores.
Abria-se em calma do céu azul,
Convidando meu pai -
Dono daquele sorriso,
De quem se sabia
Ser feliz todo dia...
E eu terei para todo o sempre
(Então, como maior lembrança)
Meu pai surgindo na estrada
E me colocando nos braços.