Vida Curta

Os de Minas vão entender mais

Barbacena como cenário

Uma história das Gerais

Um homem, um copo, um canário

Nasceu nas Alterosas, já em lugar alto

Cresceu, escalou, desceu ladeiras

Muito trabalho, nos becos os assaltos

Mas também no alto, as Mangabeiras

Meu herói de farda e pijama

Brincadeira, pipa e frajola

Mineirão no domingo; e o drama

João Leite não chegou na bola

E aí veio o tempo esvoaçante

Como sempre passou no caminho

O carvalho a olhar os passantes

O tempo, o canário e seu ninho

Já não importa sentir frio na nuca

Curtiu os amigos, a esquina e o bar

No clube de tiro, 'caça-pesca' e sinuca

De tiro e caça mesmo... vá lá.

Como no alto era sempre onde estava

Um dia adoeceu, se cansou e sumiu

Deixou o que sofria e o que gostava

Do alto do Luxemburgo partiu

Deixou uma saudade doída

E fico a indagar do sanhaço

Minha alma pergunta traída

Quando é o nosso próximo abraço...

Leão da Montanha
Enviado por Leão da Montanha em 19/06/2007
Código do texto: T533715
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