AUSÊNCIA
Estou ausente no meu presente
Nos dias que tenho em mente
Sem coração e humanização
Onde os meus poros se fecham
Para não receber o pó e o frio
Arrepio que sinto até aos ossos
Os nossos filhos vagueiam por aí
Cansados de não saberem sonhar
Mecanizados sós e mergulhados
Na densa penumbra sem saudade
Quando o passado for esquecido
Restará um vasto e seco deserto
Semeado de carcaças sem idade
Onde as areias reinarão sem cor
Amor esquecido e aqui tão perto