Estações!
Você foi minha sensação.
Meu parecer e meu governar.
Meu impulso pela coragem de vencer as barreiras.
E se permitir a esquecer os escudos e simplesmente amar.
Você foi meu verão, quente intenso e belo.
Foi meu outono que florescia com folhas caindo e dando logo a nova folhas...
Novos sentimentos, mas com o amor, sempre o amor.
Latejando e se recriando em doces sensações que pulsavam pelo meu corpo.
E todo meu ser.
Também era minha cor.
Minha vibração.
Minha primavera cativante e inspiradora.
Meu coração se enchia de cor, alegria e uma vontade de nunca mais parar de sorrir!
E então choveu, a cor morreu...
As folhas morreram...
O calor esfriou, e inverno congelou as partículas de alegria.
Afogou no gelo todas as risadas.
Os carinhos e os sonhos que se estendiam para um futuro próximo.
Que morreu congelado num futuro que nunca mais haveria de existir.
Mas pensando no que passou, correu e transcorreu...
Um evento me toca, as estações foram embora com toda o fogo e caos que tomou conta.
A raiva foi maior que tudo.
Vento vem.
Não era o que eu queria.
Vento vai.
Não desejo o mal do meu amor de estações.
Vento vem.
Não fui eu que congelei tudo, mas lamento.
Nunca é alegre quando uma estação da vida se vai embora por besteiras.
A raiva ainda não passou, e talvez depois de muitas estações passe.
Vento vai.
Mas doce amor das estações não se perca no fogo que arde.
Vem vai.
Você já não enxerga mais o sol que eu era e que ainda sorrio em reluzir, mas ouça meu grito ao vento.
Vento vem.
Ouça o brilho das minhas palavras.
Sobrevoe como os famosos guerreiros indígenas faziam.
Guerreie. Lute bravamente.
Porque a dor transforma.
Machuca como o vento frio que se abateu sobre nós.
Mas sei que tudo que dói fortalece e me nego a deixar o sol passar.
E a alegria fugir de mim.
Te dei sol, quando você me deu um gelo frio e inebriante.
E sozinha eu tremia de medo, como uma garotinha indefesa.
Mas quando tudo esquentou e a primavera resolveu aparecer para mim.
Parei de tremer.
Não era uma garotinha para tremer de medo.
Vento vai e vem.
E agora sou uma mulher.
E não mais procuro o sol.
Eu sou o sol!