Um paraíso

Remar nesse remanso é uma delícia

Quando em preamar, num entardecer.

A Gamboa dos barcos era o acesso

Da ilha de Manoel Gonçalves à ilha Macau,

A partir do século XVIII,

Como "estrada" das embarcações,

Daí para o interior do vale via rio Açu,

No comércio dos produtos do litoral e do sertão,

Inclusive do estrangeiro trazidos nos navios.

A Gamboa ainda expressa beleza

Apesar de ter sido castigada

Desde a instalação de uma grande salina

Na ilha de Alagamar, no lado oeste.

E no leste, mais de um século antes,

Por um lixão que contaminou

Severamente aquele solo, até a poucos anos.

O que restou do manguezal

São dois "cordões"

Paralelos nas margens,

Enfatizando a resistência desse vegetal

E o verde vivo da sua fertilidade e beleza.

Izan Lucena Lucena
Enviado por Izan Lucena Lucena em 10/07/2015
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