Meu Cordovil.

Meu Cordovil

Meu Cordovil, recordo com saudades...

A ingênua aspiração, o sonho doce...

Meus sete anos, por sobre a cidade.

..

Lá na colina...No reino do fosse.

E fosse eu rei...E, aqui, nesta capela,

o meu castelo, dominando a penha,

eu mandaria construir. E aquela..

Que a rádio enfeia.. Que abaixo venha.

Depois... Eu, Rei, diria ao mar... Caminha.

E traz contigo um pedaço de praia,

pois quero ouvir a suave ladainha

das ondas mansas, quebrando na areia.

Depois... ao vento: Leva em tuas asas

o meu desejo e traz, a tua volta

a Paquetá inteira.....Té as casas...

e, no meu mar, bem de mansinho, solta.

Quero, também, um trem bem igualzinho,

àquele grande, que a mãe sempre espia-

coo mesmo apito, carros e sininho-

e que nos traz o pai ao fim do dia.

E assim, no Reino do Fosse, querendo...

Alheio à vida... Sonhando acordado,

passou a infância... E ,desde que eu me entendo

por gente, é lá que eu me tenho encontrado...

Nas horas mornas. Longe e embevecido...

Como a buscar a última esperança!

O último alento e o ânimo perdido,

na ilusão de ser ainda criança

kauffmann
Enviado por kauffmann em 27/06/2015
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